Podemos definir empreendedorismo feminino como um movimento que reúne negócios idealizados por mulheres.
Mas o sentido vai muito além de montar um negócio, tem haver também com representatividade de mulheres na liderança de altos cargos dentro das empresas, por isso essa iniciativa é tão importante e abrangente.
Desde de 2014 que o dia 19 de Novembro foi nomeado como o Dia do Empreendedorismo Feminino pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O objetivo principal é atrair a atenção mundial para o impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino.
Estimular o empreendedorismo feminino quer seja pela consistituição de um negócio ou ascensão a cargos de liderança é uma forma de empoderar as mulheres e contribuir para a diversidades nas empresas.
A Rede Mulher Empreendedora é a primeira e maior rede de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil, com aproximadamente 300 mil participantes, ajuda a promover a importância do Empreendedorismo Feminino no Brasil e no Mundo.
A RME juntamente com a ONU Mulheres no Brasil realizaram uma pesquisa em 2019 com 2.600 participantes que mostra um recorte de gênero nos negócios. E os resultados são surpreendendes
A pesquisa mostra que os empreendedores brasileiros são em sua maioria casados (59% das mulheres; 55% dos homens) e metade têm filhos.
Mulheres empreendem mais tarde que homens – enquanto 41% deles começam entre 18 e 29 anos, 37% delas iniciam o negócio entre 30 e 39 anos.
Por outro lado, as mulheres empreendedoras têm maior grau de escolaridade – 37,5% concluíram uma pós-graduação, contra 15% dos homens.
Entretanto, apesar de mais escolarizadas, mulheres se sentem menos confiantes que homens em relação ao planejamento de seus negócios: são apenas 35% delas, contra 50% de homens.
Ou seja, ainda existe um caminho longo a se percorrer para estimular as mulheres ao empreendedorismo.
E 2020, a RME e a ONU Mulheres repetiram a pesquisa para identificar o impacto da Pandemia Mundial nos négocios femininos. E concluiram que apesar de 20% dos negócios terem um momento de paralisação total das atividades durante a pandemia, grande parte – 85% dos negócios liderados por mulheres já voltaram a funcionar em período integral ou parcial, e se adaptaram ao mundo de online.
Tais resultados servem para colaborar com a ideia que as mulheres possui uma resilência maior no momento do empreendedorismo.
Muitas mulheres que moram fora do Brasil estão aderindo ao empreendedorismo como forma de triblar as barreiras no mercado de trabalho local.
Outras encontram na mudança de país a oportunidade de realizar o sonho de ter o seu próprio negócio.
Não importa o motivo que leva essas mulheres empreender, o importante é que cada vez mais este movimento de representividade feminina cresce dentro e fora do Brasil.
E você já empreende?
Te vejo no próximo post!
Abraços
Melissa Alfeu
Mentora de negócios para mulheres expatriadas.
Obs.-Texto anteriormente publicado na Revista Resenha.