O projeto “Empreender pelo Mundo” tem como objetivo mostrar a garra e determinação de brasileiras que são donas dos seus próprios negócios em diferentes países pelo Mundo.
Através de diversos depoimentos inspiradores, quero que você MULHER que está pensando em empreender possa ter a tranquilidade de buscar o seu caminho, e saiba que o caminho não é fácil, mas é possível.
Hoje iremos conhecer a Coach Gina Salazar, ela ajuda pessoas a terem uma boa relação com o dinheiro e com sua transição profissional na Bélgica e no Mundo.
1.Conte-nos um pouco da sua história e como surgiu a ideia para montar um negócio.
Sou Gina Salazar, tenho 40 anos, nasci em São Paulo capital onde me formei em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie. Vivo na Europa desde 2004. Já morei na Suécia, na Espanha, hoje moro na Bélgica. Fiz um Mestrado de 2 anos em Urbanismo em Barcelona e minha intenção sempre foi voltar para o Brasil para atuar nessa área, mas o destino amoroso me levou para a Bélgica.
O princípio da vida profissional na Bélgica foi bastante desafiador, apesar de ter conseguido um emprego relativamente rápido em uma multinacional, não era na área da minha especialização. Quando engravidei do meu segundo filho, uma gravidez de alto risco, e foi necessário fazer uma pausa na carreira.
Em 2012 quando quis voltar para o mercado, percebi que os desafios tinham aumentado. Foi quando decidi empreender e tornar-me uma arquiteta especializada em reformas de interiores, pois eu já tinha experiência com obras e minha percepção indicava que o mercado se mostrava promissor.
Atuei com sucesso nessa área até este ano, 2019. Desde 2016 tenho investido no desenvolvimento humano e não pensava em fazer disso uma profissão. Descobri uma paixão por acompanhar as pessoas a conquistarem seus objetivos profissionais e pessoais através da PNL e do Coaching e voltei para a escola para me profissionalizar.
Hoje continuo com a mesma empresa aberta, utilizando toda a minha experiência com projetos e ajudando pessoas ao redor do mundo de maneira online em suas Transições profissionais e à melhorarem suas relações com o dinheiro.
2) Atualmente as mulheres brasileiras estão empreendendo cada vez mais. Na sua opinião, o que tem levado essas mulheres a decidirem iniciar um negócio próprio frente a outras alternativas como seguir uma carreira em uma empresa?
Penso que a idéia que fez a cabeça das gerações passadas: “estudar muito para entrar em uma boa faculdade, ter um bom emprego em uma boa empresa, comprar uma casa, ter uma vida segura, contar com a aposentadoria e principalmente não se arriscar em algo que não é seguro, como empreender”, já não é mais a ordem do dia para muita gente.
Acredito que empreender não é um passeio no parque, exige muito, trabalha-se provavelmente mais do que como empregado.
No entanto traz 3 valores que julgo fundamentais: flexibilidade, liberdade e crescimento. Talvez as mulheres brasileiras estejam mais em busca disso hoje. Ou talvez seja também pelo famoso “quando uma porta se fecha outra se abre”.
Se ela busca e não encontra harmonia dentro de todos os papéis que ela desenvolve hoje como mãe, esposa, profissional, etc, ela vai buscar soluções alternativas para encontrar essa harmonia, além de sentir-se satisfeita, produtiva e útil socialmente.
3) Qual foi o maior desafio encontrado até hoje como empreendedora?
A transição da mentalidade de empregada para empreendedora, principalmente no que consiste a parte de vendas.
Quando se trabalha em uma empresa, não é preciso conseguir clientes, a menos que o cargo seja da área comercial e essa seja a sua função. Na vida de empreendedora, se não tem prospecção não tem cliente, se não tem cliente não tem vendas e se não tem vendas o negócio provavelmente não sobreviverá.
Outro fato, é que como a minha empresa sempre foi pequena, o custo para ter funcionários é altíssimo na Bélgica, sempre foi preciso ser “multi-funções” fazendo da prospecção ao desenvolvimento técnico. Hoje, tiro de letra.
4) Um dos grandes desafios de quem empreende é achar o seu nicho de mercado. Como você conseguiu identificar o seu e o transformou num negócio rentável?
Quando decidi empreender como arquiteta, percebi que existiam na Bélgica poucas construções novas se comparada com outros países e muita demanda para a área de reformas de interiores. O que se confirmou logo no 1º ano com a quantidade de pedidos para projetos e demanda de clientes.
Muitas pessoas além de não gostar do que fazem, tem uma relação não saudável com o dinheiro, independente da quantia que se tenha no banco. Às vezes isso faz com que elas sintam-se prisioneiras de um trabalho que não gostam e acabam adoecendo.
Minha missão hoje é acompanhar profissionais entre 30-55 anos antes do burn-out, do bore-out ou da depressão se instalarem. Enquanto a pessoa ainda tem forças e vontade para buscar soluções e desenvolver seu próprio potencial.
Seja para que elas encontrem um propósito no trabalho que fazem, ou para que simplesmente encontrem um trabalho, ou ainda para que possam ter uma relação mais harmoniosa com as finanças pessoais. Esse empreendimento ainda está em fase desenvolvimento.
5) Empreender no exterior é diferente de empreender no Brasil. Qual foi a principal fator cultural referente ao seu negócio no país onde você mora?
Penso que um fator cultural sempre foi a diferença na maneira de se comunicar, independente de se falar bem o idioma. Os belgas francófonos estão habituados com uma comunicação extremamente formal e no Brasil a nossa comunicação é mais direta e informal, mesmo para assuntos profissionais. Ao longo dos anos desenvolvi uma espécie de “radar”: respeito as formalidades da comunicação e fico antenada para ver se posso passar para a informalidade com a pessoa que está na minha frente.
6) Defina em uma frase, um conselho para quem quer empreender no país onde você mora.
Falar pelo menos 1 idioma oficial da Bélgica, além do inglês. Fazer pelo menos 1 curso local na sua área de atuação para ter referências no país e começar a criar o seu networking.
Pesquisar e informar-se sobre a legislação e a imposição de impostos para o seu negócio. Fazer um “business plan” com um especialista. Trabalhar no seu autoconhecimento para que você conheça seus valores e forças internas e possa apoiar-se neles quando as dificuldades vierem e para que você possa persistir até alcançar o que deseja!
7) Quais os produtos ou serviços que você oferece? E como podemos adquiri-los?
Atendimento individual ou em grupo online para pessoas em Transição Profissional, em busca de desenvolver estratégias pessoais e/ou que desejam ter uma melhor relação com o dinheiro.
Tenho um programa chamado ProsperaMENTE, que é um acompanhamento em grupo dedicado unicamente para o tema da relação com o dinheiro, além de um curso online voltado para o empoderamento feminino que está em fase de desenvolvimento. Previsão de lançamento final de 2019.
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